Depois perguntei:
- Onde estão 'papá' e 'mamá'? Como eles estão? Também sentem minha falta? - Suspirando forte.
- Estão em casa dormindo, sentem muito a sua falta, Abril. Que bom que você voltou, Maligna!
Para quem não sabe, "maligna" e "loca" eram nomes que nos chamavamos por carinho.
Já queria ver a meus pais, apesar de não perceber que passou todo esse tempo, me parecia muito mais que 4 anos.
O lugar onde estavamos, ainda era Arujá, e não parecia nada. A casa tinha mudado, a rua mudou, no bairro tinha pessoas diferentes. As montanhas que eu e meu pai sempre viamos, já estavam construindo casas. Tudo mudou, como pôde mudar tanta coisa em tão pouco tempo?
Quando meus pais acordaram, vieram correndo ao quarto onde eu estava, uma coisa quase impossível era eles correrem para ver alguma coisa, e correram para me ver. Me abraçaram muito forte, mais forte que nunca, como se não me vissem há muitos anos, o que era verdade, o que eu não conseguia entender.
Tinham-se passado apenas 4 anos e para eles parecia que tinha passado mais, estavam mais velhos, com mais rugas, com mais cabelos brancos. Perguntei a mesma coisa para eles, do que eu tinha perguntado para minha irmã, do que tinha acontecido comigo. Me responderam a mesma coisa, que eu dormi e não acordei mais. Meu pai, louquinho como sempre, tendo suas teorias, uma delas era que os aliens tinham implantado em mim alguma coisa para eu ficar dormida todo esse tempo, para eles me fazerem experiencias. Nós todos demos risada quando ele disse isso...
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